Comércio Eletrônico: A propaganda continua sendo a alma do negócio

O e-commerce revolucionou completamente a maneira de fazer negócios no século XXI. Contudo, nesses mais de 10 anos que tenho acompanhado esse fenômeno, continuo encontrando empresas e empreendedores que acreditam que as coisas na internet acontecem como num passe de mágica. Iludem-se achando que o simples fato de publicarem um site de vendas na web garantirá que compradores encontrem seus produtos. Invariavelmente seus negócios on-line acabam naufragando.

“A propaganda é a alma do negócio”. Apesar de ser um conceito muito antigo, ele talvez seja o mais importante quando se fala de lojas virtuais. Por isso, quando varejistas começam a planejar o ingresso no e-commerce, é fundamental reservar uma parte importante do investimento para a divulgação da Loja. O recomendado é que o novo varejo on-line tenha condições de bancar um plano de marketing de pelo menos 12 meses, antes do negócio encontrar o equilíbrio entre receitas e despesas.

Sempre comece com uma pequena verba publicitária. O fato de você reservar uma boa quantia para divulgar sua loja, não significa que você deve começar com o “pé no fundo”. Campanhas na internet necessitam ser testadas. Sim, se acostume com a expressão “teste”, você vai ouvi-la muitas vezes quando o assunto for publicidade on-line. Demora algum tempo até você encontrar a formula que funciona (que traz vendas) para o seu negócio. Quando você descobrir o caminho, aí sim é o momento de acelerar.

Cuidado! Na web a publicidade que funciona, funciona imediatamente. Se uma campanha não gerou vendas nos primeiros dias, interrompa no ato. Você só vai consumir seu precioso investimento sem resultados (vendas).

Isso não significa que você não deva continuar testando modelos diferentes de publicidade. Teste é o mantra do sucesso em vendas on-line.

Se a publicidade não pode ser medida, não anuncie! Diferente da publicidade tradicional, a online deve fornecer na vírgula a medição dos resultados. Impressões, cliques, taxa de conversão, etc.

Mas como controlar publicidade on-line?

Todos os canais de publicidade na Internet são monitoráveis. Assim, esses dados podem se transformar em uma análise muito útil que pode ajudá-lo a fazer melhorias em suas campanhas. Isso pode ser feito facilmente através da criação de uma conta no Google Analytics.

Além da publicidade no Google, o Analytics pode controlar todos os tipos de mídia on-line, incluindo banners, links de referência, campanhas de e-mail, busca orgânica e paga.

Agora, a boa publicidade on-line não vai garantir as vendas se você não tiver uma Loja Virtual que funcione bem. Sua campanha na web trará visitantes para a Loja Virtual, é preciso convertê-los em compradores!

Sua loja na web desempenha um papel crucial em fechar o negócio. Sua webstore está projetada para isso? Comunicação confusa, mau uso de cores, navegação complicada - Evite tudo isso! A loja virtual de sucesso tem de comunicar alta confiança para os visitantes.

Voltando a publicidade, os anúncios devem levar o potencial comprador a uma página de destino preparada especificamente para o produto anunciado. Facilite a vida do seu cliente. Não o jogue simplesmente na vitrine da sua loja. Procure entender como funcionam as landing pages.

A publicidade que funciona é direta: O melhor preço! Frete Grátis! Somente hoje! Oferta especial! Compre 1 ganhe 2! Produtos com até 70% de desconto. Se você não oferecer algo melhor, diferente, especial ou exclusivo, é melhor manter o dinheiro no banco. Tenha em mente que, a menos que você ofereça um benefício, o visitante não vai comprar em sua loja virtual. E você pode facilmente começar por oferecer um frete grátis, que provou ser uma das melhores táticas de conversão para a loja on-line!

E por fim, você não pode agradar a todos. Portanto, saiba quem é o comprador-alvo para o seu anúncio. Qual é a sua mensagem central. Como é que o seu produto vai beneficiá-los. Você precisa estar focado! Coloque a proposição de preço certo para o mercado-alvo que pretende atingir!

Lembre-se: a propaganda também é a alma do negócio online.


Artigo encaminhado por Vinicius Pessin, CEO da e-Smart, empresa provedora de soluções para e-commerce
Redação AdNews

O que é estatística e por que as empresas estão interessadas nela?

As estatísticas são números, mas a prática da estatística é a arte de medir o conhecimento imperfeito e sua área de conhecimento está envolvida em incertezas. Então por que devemos nos preocupar com ela? Porque as empresas, a economia mundial, as descobertas científicas e os avanços médicos são todos baseados, em sua essência, em estatística.

A disciplina da estatística está relacionada à arte de ponderar e equilibrar as evidências observadas e, assim, é responsável pela credibilidade científica de nossa sociedade. Conclusões científicas são baseadas em dados experimentais, na presença de incerteza, e estatística é o mecanismo para julgar o mérito dessas conclusões. Os testes estatísticos são como uma auditoria de credibilidade. Claro, você pode fazer malabarismos para fazer má ciência parecer melhor do que é. Mas, existem fenômenos importantes que você simplesmente não consegue descobrir sem estatística.

Existem muitos pontos de vista com relação aos dados e quanto mais ângulos você tiver, maiores serão as chances de encontrar algo novo. A estatística é usada como uma ferramenta de inovação no processo de investigação que revela fenômenos que não estão previstos por um modelo científico e são invisíveis com uma análise simples.

Há cento e cinquenta anos, a maioria de nós era formada por agricultores e existia o desafio de conseguir alimentar a população mundial. A estatística foi umas das chaves para a pesquisa agrícola que levou a melhoria na produtividade das safras, produzindo mais alimento em menos terras para atender mais pessoas com menos esforço físico. Essa mudança de paradigma permitiu que o mundo moderno se tornasse urbano.

Um pouco mais recentemente nossas vidas mudaram mais uma vez, por conta dos efeitos da revolução da microeletrônica. No campo da engenharia, a medição em nanômetros permitiu obter um rendimento econômico de componentes confiáveis, que utilizando estatística, passaram a ser usados para superar desafios em todas as áreas do conhecimento.

Com ela também passamos a descobrir o complexo funcionamento das nossas próprias vidas, por meio da biologia molecular e a genômica. Entender essa complexidade só foi possível através de métodos estatísticos. Por exemplo, recentemente foi anunciada a descoberta de uma nova partícula física, o Bóson de Higgs, considerada a maior descoberta do século 21 até o momento. E só foi possível descobri-la com a construção do acelerador de partículas Large Hadron Collider (Grande Colisor de Hádrons), o maior do mundo. Através de métodos estatísticos, foram analisados nada menos do que 300 trilhões de colisões de prótons até que a descoberta da nova partícula pudesse ser confirmada.

Estes 300 trilhões de dados analisados na descoberta do bóson nos remetem ao fenômeno do Big Data e, não por acaso, ao fato de 2013 ter sido eleito o ano internacional da estatística. 

Artigo encaminhado por John Sall, cofundador e vice-presidente executivo do SAS
Redação AdNews

Crowdfunding cresce no Brasil

Sites de financiamento coletivo tiveram aumento de 81% e movimentaram US$ 2,7 bi no mundo


Ana Paula: sistema nada mais
é do que uma vaquinha
O crowdfunding vem ganhando cada vez mais força no Brasil. A ideia, ainda recente no país, busca a colaboração financeira coletiva de pessoas que gostam de uma mesma ideia ou projeto. Em 2012, os sites de financiamento coletivo de projetos ajudaram companhias e indivíduos a levantarem US$ 2,7 bilhões, o que representa um aumento de 81% em relação ao ano anterior, segundo dados da Reuters.

O sistema de crowdfunding, originado nos Estados Unidos como forma de levantar recursos para levar adiante projetos criativos, se expandiu rapidamente como uma fonte de financiamento. O site brasileiro O Pote, por exemplo, plataforma de crowdfunding lançada em dezembro do ano passado por Ana Paula Moreira da Costa e Camila Selva de Biase, está sendo bem-sucedida. Focado mais em projetos esportivos, O Pote está tendo um crescimento expressivo a cada novo projeto. “No Brasil, o crowdfunding ainda é muito novo, mas a tendência é de crescimento, pois vivemos numa época de dividir e colaborar. A nova geração vem com este espírito de participação e compartilhamento de sonhos”, conta Ana Paula. Segundo a sócia-fundadora do site, a seleção dos projetos é bem criteriosa e O Pote procura ir além da viabilização do patrocínio. “A gente tenta dar continuidade aos projetos com parceiros. Não só no online como no offline”, diz.

Nos Estados Unidos já há uma lei que rege o negócio. O presidente norte-americano, Barack Obama, assinou legislação conhecida como “Jobs”, no ano passado, para legalizar o sistema. No Brasil, ainda não existe esse tipo de regulamentação. No mundo, o crowdfunding alcançou a cifra de US$ 2,66 bilhões em 2012, enquanto no ano anterior foi de US$ 1,47 bilhão, segundo pesquisa da Massolution. A previsão para este ano, de acordo com o levantamento, é de levantar US$ 5,1 bilhões para o financiamento de novos negócios e pequenas empresas, além de projetos sociais, categoria mais popular atualmente. A América do Norte representou a maior parte do volume, com US$ 1,6 bilhão no último ano, crescimento de 105% sobre 2011. “O financiamento coletivo nada mais é do que uma vaquinha. Cresceu tanto por conta da internet porque as redes sociais facilitam a comunicação rápida”, diz Ana Paula.

O primeiro projeto do site foi a viabilização do patrocínio de Beto Pandiani, velejador profissional que estava elaborando a 7ª Expedição de Travessia do Atlântico e precisava completar seu orçamento em R$ 150 mil. Em apenas dois meses, acabou arrecadando quase 20 mil a mais do que o necessário. Outro projeto foi da Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), para levantar saldo para ampliação de sua unidade em São Paulo. Além dele, o Grupo Anacã Companhia de Dança arrecadou cerca de R$ 88 mil, antes da data final estipulada. Este foi o maior valor arrecadado mundialmente por uma companhia de dança em todo o mundo. Anteriormente, o recorde era do site KickStarter, que havia conseguido em torno de R$ 60 mil.

Os sites oferecem diversos projetos a patrocinadores ou colaboradores que querem ajudar na realização dos eventos. Com isso, as cotas podem começar em pequenas quantias para pessoa física como US$ 15, ou cotas maiores para empresas. Um ponto importante para fazer o projeto ser bem-sucedido são as contrapartidas oferecidas. “No Brasil, as pessoas ainda esperam muito pela contrapartida”, conta Ana Paula. O investidor recebe uma recompensa não monetária, que pode variar de acordo com o projeto e o valor da doação. Essa contrapartida pode ser a entrada para a estreia do espetáculo que está sendo financiado, a amostra de um produto recém-desenvolvido, um livro ou DVD autografado etc.

Já a Playbook, empresa de crowdfunding da Holding Clube, tem foco em shows musicais, eventos e festas. Alessandro Sophia, diretor-geral da Playbook, concorda que o Brasil ainda não tem essa cultura desenvolvida como nos Estados Unidos. “Este ano pretendemos crescer 50% com base no ano passado”, adianta.

Quase todos os meses, a Playbook tem realizado shows com bandas internacionais. Desde o ano passado, eles fazem a plataforma de shows patrocinados pela marca de uísque Jack Daniel´s e, em junho deste ano, começam com uma nova série de shows. A marca patrocina uma parcela do show e a outra parte é viabilizada por meio de fãs via crowdfunding. A ação também é uma estratégia de engajamento. “Quem participa sente que está ajudando a realizar. A essência do crowdfunding é mobilizar e realizar”, finaliza Sophia.

fonte: Portal PropMark


De comunicólogo para comunicólogo: conversando sobre a publicidade

Há os que dizem que a criatividade em comerciais publicitários não é somente criar situações engraçadas, surpresinhas ou sacadinhas. Criatividade é combinar informações variadas, elementos até então aparentemente desconexos de modos jamais pensados, inéditos, para se chegar a um resultado útil, que sirva a algum propósito claro e bem definido. E dessa forma, criar um comercial de sucesso.

Digo isso pois muitas pessoas brincam de se comunicar através de comerciais de TV patéticos, anúncios que não tem pé nem cabeça, exemplos fáceis de serem percebidos. Que profissional de publicidade e televisão se alegra ou se orgulha ao ver um comercial dos refrigerantes Dolly na TV, ou então campanhas universitárias que usam personagens que não possuem sequer o segundo grau completo?

Campanhas, que devem fazer o nosso amigo Zeca Martins, por exemplo, tremer de raiva. Ora, criar uma campanha ou fazer um roteiro sem recursos é possível e acontece nas melhores agências e produtoras. Em uma palestra com Reinaldo Junior, diretor de criação da renomada (e intocável, como disse um colega na plateia) agência de publicidade Ogilvy, nos foi mostrado através de números e estatísticas que recursos como verbas altas e melhores equipamentos são ferramentas que ajudam a proporcionar um bom trabalho, mas não são tudo. O principal investimento para si, que faz garantir inovação, criatividade e, conseqüentemente, sucesso nos seus trabalhos, é manter-se informado e atualizado.

Segundo Junior, fica mais fácil criar algo que se encaixe no briefing pedido pelo cliente se o comunicador se mantém atualizado com as novidades e tendências do mercado. Digo que este é um assunto de gente grande, pois passar a credibilidade da marca do cliente através de 15/30 segundos ou através de poucas frases em anúncios é uma responsabilidade daquelas consideradas intocáveis para estagiários de publicidade e propaganda.

Como os comerciais dos refrigerantes Dolly, por exemplo, existem comerciais que não nos parecem convincentes, outros comerciais não nos seduzem, nos deixam indiferentes ou desconfiados. As reações do público consumidor diante de qualquer nova informação são variadas.

Segundo o livro de José Manoel Moran, “A credibilidade dos comerciais de TV”, a credibilidade envolve basicamente três tipos de abordagem para o público consumidor. A primeira está relacionada com o produto, como a personalidade da marca, a qualidade do produto, seu posicionamento no mercado, a adequação da sua distribuição, sua colocação nos pontos de venda. A segunda abordagem (é aí que a gente entra) está diretamente relacionada com as variáveis em torno da divulgação do produto: criatividade do anúncio, força e valor testemunhal do apresentador do comercial, o tratamento estético, técnico e linguístico do comercial, adequação aos valores e experiências do público-alvo, a credibilidade da emissora em que o anuncio é veiculado e o número de vezes que é inserido. E há também um terceiro grupo de fatores que estão ligados ao telespectador consumidor, e que interferem na credibilidade maior ou menor dos comerciais, que são os contextos em que eles são vistos. Em que situação física, psicológica, econômica, individual e social que se encontrão o consumidor, o maior ou menor grau de informação do telespectador e sua possibilidade de acesso a outras fontes, e a maior ou menor rapidez de aceitação das inovações ou mudanças.

Esses são fatores que Moran considera como conclusões simplistas, quando se analisa a credibilidade da marca em televisão e publicidade. Para ele, é fácil criar impacto com o lançamento de um produto novo. Menos fácil é manter o interesse pelo produto, diferenciá-lo dos concorrentes e renovar permanentemente o desejo de compra. Em síntese, é difícil manter a credibilidade do produto se não há ideias sendo recicladas constantemente.

Mas o que não foi dito é que Moran escreveu este livro em 1984. “Coincidentemente”, em 2013 os profissionais da área continuam a dar os mesmo toques. Se para você que ainda procura ter ideias miraculosas tão geniais quanto a capacidade de o telespectador entender seu propósito, escrevo aqui algumas curiosidades e dicas, tiradas do livro de Zeca Martins, sobre criação e redação publicitária, que vão ajudar a te manter atualizado e informado:

1- Comunicação não é o que você diz, é o que o outro entende. Uma frase extraordinária, mas que poucos pensam na hora de se comunicar. A dica é: tente pensar com a cabeça de quem vai ler seu texto. Como Hitler e Goebbels já nos ensinavam, quanto maior o número provável de leitores, menor deve ser o nível de sofisticação do texto. Nunca se esqueça de que o texto publicitário deve ser claro, direto, envolvente, inteligente, objetivo, simples, sintético, surpreendente, vendedor, verdadeiro. David Ogilvy dizia que “para todos os efeitos, não devemos criar qualquer espécie de anúncio impossível de ser exibido aos nossos próprios familiares.”;
2- Ao escrever e criar algo ordene seu raciocínio – talvez esse seja o principal fundamento de um texto. Faça-o com muita lógica, não viaje na maionese, e sim, no produto;
3- Textos publicitários pedem períodos curtos, mas não tão curtos a ponto de ficar parecendo um telegrama. “Produto bom, compre. Perto de você”;
4- Sua criação deve ser, sem dúvida, a síntese do briefing;
5- O segredo está na formulação da pergunta, não na obtenção da resposta. Pense nisto. Faça perguntas a si mesmo quando for criar algo, mas faça as perguntas certas;
6- Goste do produto em que você está trabalhando e acredite nele. Só assim você fará um bom trabalho;
7- Pesquise sobre o produto que você está trabalhando, conheça-o a fundo (defeitos e qualidades), e assim terá argumentos para vendê-lo;
8- Não se iluda. Seus melhores anúncios até receberão elogios, mas nem sempre a tão esperada aprovação. Em alguns casos, serão veiculados apenas na “mídia gaveta”;
9- Quando terminar de escrever ou criar algo, pare, pense, esconda o job e só pegue no dia seguinte. Ao reler, pergunte para si mesmo: você está absolutamente convicto de que isso é o melhor que você é capaz de fazer?
10- Uma jogada e tanto, quando bem executada, é a criação de teaser – peças que estimulam a curiosidade do Sr. Target (esta é a maneira que o autor se refere ao público-alvo), mas não contam do que se trata, até que chegue o momento certo. “Como extrair a polpa de um tomate com a tesoura?” perguntava certa vez um teaser. Dias depois, aconteceu o lançamento das embalagens Tetra-Pack, com o argumento de que preservavam o frescor dos alimentos. A campanha então mostrava para as donas de casa que para obter a polpa fresquinha do tomate, bastaria cortar o cantinho da embalagem com uma tesoura. Pronto, estava resolvido o enigma.

Essas são poucas das dicas e curiosidades que Zeca Martins fala em seu livro. Agora, algumas dicas minhas: leia livros, assista comerciais de diversos segmentos, fique atento nos anúncios, vivencie cada momento para ter experiências novas. Assim, você terá conteúdo o suficiente para usar como ferramenta de trabalho, e fugir do título de “criador das campanhas dos Refrigerantes Dolly”.

Eduardo Zugaib é escritor, profissional de comunicação e marketing, professor de pós-graduação, palestrante motivacional e comportamental. Ministra treinamentos nas áreas de Desenvolvimento Humano e Performance Organizacional.
Redação AdNews

Mídias sociais: aliadas ou vilãs?

Embora administradas por humanos suscetíveis a erros, as mídias sociais, especialmente perfis empresariais, requerem atenção e cuidados redobrados, pois um erro pode manchar a marca e sua reputação diante dos potenciais clientes.

Hoje, separamos novas ocorrências negativas de empresas que, por pura falta de cuidado, se deixaram levar por desatenção, falta de ética e profissionalismo, gerando reclamações e visibilidade contra a empresa. Veja:

O caso ImprensaPR: Em 2012, o perfil Imprensa Presidência no Twitter, retweetou uma publicação de um site humorístico, com uma piada sobre José Serra (PSDB), adversário político do PT, o qual dizia: “Com a volta da Luiza, quem tá indo para o Canadá é o Serra…”, fazendo alusão a um bordão da web. A situação, além de render a demissão do responsável, precisou ser seguida de um pedido público de desculpas através do próprio Twitter: “Pedimos desculpas a todos pela publicação não autorizada, hoje, neste perfil, do retuíte indevido de um site humorístico”.

Diante desse caso, é importante destacar que a ética na web deve predominar, especialmente, quando se trata de uma piada ou situação que envolve concorrentes. Fique atento!

O caso Brastemp: No fim de 2010, o consumidor Oswaldo Borrelli teve muita dor de cabeça com sua geladeira Brastemp. Durante o Natal e Ano Novo, o eletrodoméstico deixou de funcionar e sem conseguir uma ação satisfatória da empresa, decidiu apostar nas mídias como uma forma de protesto. Borreli levou a geladeira para o quintal de sua casa e gravou o vídeo “Não é uma Brastemp”, no qual expôs toda a situação. No YouTube, o vídeo conquistou mais de 150 mil visualizações, além de mensagens negativas contra a empresa no Twitter. No dia seguinte à publicação do vídeo, a Brastemp entrou em contato com o consumidor para solucionar o caso.

Uma pergunta simples: precisava de tudo isso? Se a empresa atendesse a necessidade do cliente no início da questão, as informações publicadas nas mídias poderiam ser de elogios e agradecimentos. Lembre-se: suas atitudes offline, definem sua reputação online.

As mídias sociais são mais do que um simples canal de divulgação; elas se tornaram aliadas dos consumidores que se expressam a favor ou contra uma ideia, uma situação ou uma empresa. Por isso, é essencial manter não apenas uma postura ética e profissional nesse ambiente como, também, oferecer uma atmosfera de relacionamento amigável e satisfatório com o consumidor.

Por Felipe Martins, fundador e presidente da empresa Dotstore. Publicado originalmente no Administradores.
Redação AdNews

Morre o homem que criou a Veja

Ontem (26), a mídia brasileira teve mais uma baixa de peso. Roberto Civita, diretor editorial e presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, morreu às 21h41, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

Civita estava internado desde fevereiro para a correção de um aneurisma abdominal. Ele foi operado para a colocação de uma prótese na aorta, mas teve complicações causadas por uma hemorragia e não resistiu.

Depois de um período no exterior, desde que retornou ao Brasil, em 1958, Roberto trabalhava ativamente na editora fundada por seu pai. Criou inúmeros títulos, entre eles, a Veja (1968), até hoje a revista de maior circulação do País e uma das mais importantes da história da imprensa nacional.

O publisher assumiu definitivamente a presidência do Grupo Abril em 1990, após a morte do pai, quando se iniciou um período de diversificação de investimentos dos negócios da companhia, com atuação nas áreas de mídia, educação, gráfica, distribuição e logística.

Hoje, o grupo é composto pela Abril S.A., empresa responsável pelas áreas de mídia (Editora Abril, Mídia Digital, Elemidia, Alphabase, MTV e Casa Cor), gráfica, logística e distribuição, e pela Abril Educação. O Grupo conta ainda com a Fundação Victor Civita, criada em 1985 com o objetivo de fortalecer a educação de base no Brasil.

Por enquanto, a empresa segue interinamente comanda pelo seu filho Giancarlo Civita, presidente executivo do Grupo Abril e vice-chairman da Abrilpar.

Redação Adnews

Fieldmarketing: o que é isso?


O mercado de marketing no varejo é complexo. A cadeia que envolve este setor é enorme e adequar a demanda para suprir às necessidades que surgem diariamente neste campo, um grande desafio. O fieldmarketing vem com esta proposta, de inovar, revolucionar e oferecer ao mercado estratégia e operação de qualidade que agreguem resultados efetivamente positivos.

O fieldmarketing consiste em coordenar, gerenciar e operar as estratégias de venda, comunicação e marketing no varejo em diferentes canais, sempre com o objetivo de proporcionar a otimização de resultados. Em outras palavras, o conceito consiste em unir gestão à execução e mensuração. O grande diferencial deste conceito é o fato de ele trabalhar com uma visão sistêmica e não apenas com parte da informação. 

Na África do Sul, há um case interessante que demonstra os benefícios da operação. Com a atuação de um projeto de fieldmarketing, a Coca-Cola implementou a solução, que atuou na armazenagem, distribuição, gestão, vendas e merchandising. O resultado do projeto foi um crescimento de 197% em volume de vendas. 

No Brasil,  o mercado de marketing no varejo é muito segmentado e por isso, em geral, as ações são pontuais. Devido a esta segmentação, a execução do plano estratégico traçado pelo marketing da indústria, nem sempre alcança o resultado efetivo e esperado.

O fieldmarketing, por trabalhar intrínseco ao DNA da empresa cliente, no que se refere aos objetivos traçados, desenvolve um projeto complexo e focado, não apenas na execução, mas no alinhamento de estratégia, alcance de metas e de resultados propostos. 

Na Índia, há um case que traz números significativos de um projeto desenvolvido para uma marca de maquiagem. A operação em questão envolveu desde a positivação dos displays em lojas, contratação e treinamento de promotoras, updating de produtos e vendas, manutenção das ações de merchandising e gerenciamento de estoque, até a competitividade da marca no mercado. Com o projeto, foi possível reduzir em 14% o custo efetivo de operação, garantir 97% de crescimento em vendas e aumentar a presença de produto na gôndola de 50% para 80%, evitando a ruptura. 

Na prática, o fieldmarketing responsabiliza-se pela aplicação da estratégia no ponto de venda, podendo mensurar e garantir a efetividade do negócio proposto, por meio da tecnologia e da qualificação de profissionais que atuam neste segmento.

A tecnologia está muito ligada ao resultado final de projetos de fieldmarketing. É por meio dela que as informações estratégicas são repassadas à diretoria e é possível enxergar todo o cenário da ação, o que beneficia a tomada de decisão rápida e assertiva.

A estratégia utilizada para compor as diferentes necessidades e metas do projeto é um dos principais diferenciais do conceito. Devido à estrutura organizada para operação, o fieldmarketing resulta em uma execução mais eficaz e no aumento da presença da marca no ponto de venda. A entrega de resultados é mais consistente e há mais valor agregado à marca. 

Da indústria ao ponto de venda e do ponto de venda ao convencimento do shopper, o fieldmarketing opera para melhorar o desempenho do varejo e alavancar a venda de determinada marca ou produto.

O fieldmarketing, com absoluta certeza, vem para revolucionar as relações da indústria com o varejo e do varejo com o consumidor final. Por fazer parte de um conceito macro, mas que opera em cada etapa do processo, o fieldmarketing poderá oferecer uma nova perspectiva para os negócios e para o varejo no País.


Jeferson Cheriegate é CEO LATAM da Smollan, empresa de fieldmarketing.
Redação AdNews


Custo por engajamento é uma nova realidade?


Uma página tem milhões de fãs no Facebook. Isso é bom ou ruim? Depende muito do seu ponto de vista.
Quando você avalia a qualidade dos comentários e só vê piadas (a maioria sem graça ou óbvias) e não vê ninguém elogiando a sua marca, o quanto isso é vantagem para a marca? E quando nem 1% dos acessos ao seu site vem do Facebook? Seu usuário está engajado?

Segundo a vice-presidente da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), Solange Oliveira, “em 2006 nos Estados Unidos surgiu o Custo por Engajamento, ou seja, isso não é nada novo, mas sim pouco usado. Nos últimos 6 meses, o CPE é o que mais tem dado resultados na publicidade online”. O que pode ser não uma tendência, mas podemos ver um aumento desse recurso aqui no Brasil agora em 2013, uma vez que quanto mais formas do anunciante pagar apenas pelo resultado, menos os veículos vão gostar, porém, mais os anunciantes vão investir.

Ainda segundo Solange, um engajamento pode ser definido como sendo: visualização, partilha, votação, comentário, análise, jogar, ou responder uma enquete, ou seja, o primeiro passo depende muito do objetivo da ação, do planejamento que foi feito e o que o anunciante pretende com a campanha. Vendas poderiam, se esse for o objetivo da marca, entrar nesse conceito de engajamento.

Eu sempre digo que o engajamento vai muito além do curtir o post ou a foto. As pessoas precisam vestir a camisa da marca, precisam defender, compartilhar e comentar a favor das marcas. Piadinhas são esperadas, mas devem ser desconsideradas pelas marcas. Foque em quem realmente se interessa pela sua marca.

Marcas que possuem um alto índice de engajamento tendem a ter uma melhor reputação no mundo digital, algo que não é muito olhado pelos gestores, mas é muito avaliado pelos consumidores.

Esse engajamento pode ser feito em diversas ferramentas, não apenas nas Redes Sociais, mas também em canais como e-mail marketing, Links Patrocinados, blog, mobile e até mesmo em peças de mídia display, em sites ou na rede do Google. Engajar uma pessoa com a marca não acontece apenas nas Redes, ela acontece em qualquer outro pilar do mundo digital. Muitos esquecem, mas o e-mail marketing, por exemplo, além de permanecer vivo (apesar de teóricos já terem o matado) é um excelente canal de engajamento, pois desde os “primórdios” da Internet as pessoas repassam e-mails interessantes a amigos, e não estamos falando daquelas correntes de “passe para 10 amigos e fique rico amanhã”, estamos falando de uma promoção recebida de um grande varejista que o filho repassa ao pai, por exemplo.

A internet é uma ferramenta muito poderosa de comunicação. A cada dia surgem novidades para os gestores de comunicação, marketing e vendas. É preciso ficar de olho nessas tendências, pois podem ser diferenciais dentro de uma estratégia digital, quando falamos de e-commerce, então, fazer uma campanha de CPE, pode ser uma excelente forma de ampliar as vendas, com baixos investimentos, e assim, ampliar o ROI da sua marca. Pense nisso!


Por Felipe Morais, diretor de novas mídias da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM)
Redação AdNews


A pauta das fofocas


De cada sete manchetes dos grandes jornais brasileiros ao longo de cada semana, nos últimos dois meses, cinco foram tiradas de declarações. As outras duas se referem a eventos incontornáveis como acidentes e crimes graves, decisões políticas ou judiciais ou, mais raramente, tratam de questões levantadas por institutos de pesquisa. Há poucos registros, nesse período, de reportagens produzidas por meio da investigação jornalística que tenham chegado ao topo das primeiras páginas.

O que isso significa?

Primeiro, pode-se afirmar que o jornalismo apresentado aos leitores dos diários se transformou numa crônica do processo dialético do poder, do qual a imprensa destaca aquilo que lhe parece mais interessante ou conveniente.

Em segundo lugar, deve-se registrar que o jornalismo baseado em frases tende a se afastar da suposta objetividade, que é o fundamento de seu valor social: o jornalismo declaratório é uma confissão de que o interesse dos jornais já não está ancorado no mito da objetividade, mas no propósito do convencimento.

Dos três grandes jornais considerados de circulação nacional, apenas o Globo escapa, eventualmente, desse modelo observado. No caso do jornal carioca, o olhar mais localizado tende a produzir mais notícias “puras”, geralmente tiradas de acontecimentos que interessam ao público do Rio de Janeiro. No entanto, quando tratam de questões nacionais, principalmente sobre política, todos os jornais escapam pelo caminho fácil de colher, selecionar e destacar declarações.

Curiosamente, tais declarações repetem um viés comum, produzindo ondas de notícias que são, na verdade, não-notícias.

Assim acontece com a suposta intenção do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), de vir a se candidatar a presidente da República em 2014. Da mesma forma, têm destaque assegurado quaisquer construções verbais produzidas pelo senador Aécio Neves (PSDB), cuja candidatura ao mesmo cargo é tida como certa. Com a mesma atenção os jornais acompanham manifestações da presidente da República e do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa.

Mas tudo são frases, apenas frases.

Barbosa falou, Barbosa disse

Vamos contornar, na medida do possível, o conteúdo preferencialmente destacado pela imprensa em cada uma dessas manifestações, deixando um pouco de lado as declarações e analisando o grau de objetividade da notícia em estado “puro”.

Apanhando um acontecimento destacado pelos jornais nesta semana, sobre duas mortes ocorridas durante a Virada Cultural em São Paulo, pode-se observar que, no primeiro momento, a repercussão dos casos de violência foi inteiramente dirigida pela imprensa para supostas responsabilidades da Prefeitura da capital. Essa abordagem, mais escancarada no Estado de S.Paulo mas também assumida pela Folha de S.Paulo, ganhou rapidamente destaque em jornais de outras regiões.

Porém, já na terça-feira (21/5), os jornais reconhecem que as causas da violência podem ser múltiplas e não ter relação com os locais escolhidos para os espetáculos ou o tipo de organização adotado pela Prefeitura. O foco passou a ser uma suposta leniência dos policiais destacados para a prevenção de conflitos e assaltos, porque eles estariam descontentes com atrasos no pagamento do chamado “bico oficial” – trabalho extra da Polícia Militar para eventos de outras instituições públicas.

A violência é parte da realidade de São Paulo em qualquer contexto. A imprensa publica regularmente estatísticas demonstrando o aumento dos casos de latrocínio, estupro e outras formas de criminalidade extrema na capital paulista nos últimos dezoito meses.

As duas mortes ocorridas nas grandes aglomerações produzidas no fim de semana devem ser avaliadas em comparação com o contexto geral dos registros de ocorrências dos fins de semana, sem Virada Cultural. Mas isso faz parte de um jornalismo com intenções de objetividade, o que, definitivamente, não é o caso da imprensa brasileira.

Voltemos, então, ao jornalismo declaratório, terreno onde a imprensa nacional trafega com mais naturalidade.

O que temos de destaque nesta semana? Mais uma declaração polêmica do presidente do STF, Joaquim Barbosa. Ele disse, em palestra para universitários, que os partidos políticos brasileiros são “de mentirinha” e que o Congresso Nacional é refém do Executivo. Temos, então, uma agenda para a semana, e ela não é construída em torno de fatos, projetos, políticas públicas ou dados econômicos: a pauta essencial da imprensa é feita de fofocas.

Por Luciano Martins Costa, publicado originalmente no Observatório da Imprensa.
Redação AdNews


Lições de casa para o varejo


Há quase 10 anos, mesmo antes de deixar a posição de CIO de uma das mais populares cadeias de fast-food do mundo – empresa onde permaneci por quase 18 anos - já estava claro que o celular seria o dispositivo da convergência. Tudo apontava para a web e para a mobilidade. Nosso time de TI à época, sempre voltado para resolver as demandas do varejo, pensou em lançar um cartão fidelidade pelo celular. Isso foi por volta de 2006. Esta era a maneira viável de cadastrar e conhecer os hábitos de um contingente de milhões de clientes que frequentavam nossas lojas todos os dias.

Alguns anos depois, quando mudamos de comprador de tecnologia para fornecedor, lançamos um produto no mercado brasileiro que comprova essa convergência e hoje já está instalado em redes de franquias como Emagrecentro e Água Doce. Esta solução está disponível para todos os associados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Além desse, também criamos um produto parecido para escolas, a carteirinha de estudante pelo celular; e o nosso carro-chefe, o mobile check in, para companhias aéreas. Tudo isso, podemos dizer, representa embriões do conceito SoLoMo ((Social, Location-Based and Mobile), que acaba de ser aclamado como uma das principais tendências e buzzwords do Retail Big Show 2013, a mais importante convenção mundial do varejo promovida pela federação nacional do comércio varejista dos Estados Unidos, (NRF, na sigla em inglês), em Nova York.

Confesso que não encontramos grandes novidades na gigantesca exposição desse ano – nada que já não tivéssemos visto no ano passado.  Por exemplo, a maior parte das cerca de 500 empresas de tecnologia presentes oferecia softwares de analise de resultados, serviços de suporte, manutenção e consultorias com ferramentas de BI e conceitos de BigData. Encontramos também muitos fabricantes de POS e de estações de checkout, principalmente para supermercados. Mais do mesmo. O uso de um tablet como POS móvel foi apresentada no ano passado, mas no Brasil  esta solução vai demorar ainda mais para chegar, pois necessitaremos da aprovação do leitor de cartão de crédito e débito pelas bandeiras.

Também vale citar os sistemas de realidade virtual, como as vitrines interativas. Trata-se de um display transparente que pode exibir todo tipo de imagem e onde, facilmente, uma loja poderia mudar todo o tema, cores, apresentar promoções e lançamentos em segundos. Aplicações de realidade virtual como essa são bastante usadas pelo varejo de decoração, no quais as lojas testam seus produtos na casa virtual do cliente.

As câmeras inteligentes – já mostradas no ano passado – também chamavam a atenção, pois são capazes de identificar a falta de produtos nas prateleiras e avisam o responsável sobre a necessidade de reposição. Com o sistema, também é possível identificar os produtos que mais saem e os dias em que isso acontece.

De qualquer forma, enquanto a exposição seguia seu ritmo, nas salas reservadas às palestras o ponto alto das discussões era o relacionamento com o consumidor. Boa parte dos debates girou em torno da mesma valsa: encantar, fidelizar, agradar, trazer conveniência ao cliente.  Em um dos debates no qual esteve presente Howard Schultz, presidente da Starbucks – e aqui encontramos uma novidade – chegou-se a falar sobre amor nos negócios. Trata-se de uma inédita tentativa de humanizar ainda mais o varejo e se estabelecer a tão sonhada relação de confiança e fidelidade com o cliente, até que a morte os separe. 

Se a questão da interatividade com o cliente e sua conquista – quase romântica -- é tão premente, as redes sociais caem como uma luva e passam a integrar, de forma fundamental,  todas as estratégias de propaganda, marketing e valor da marca. Então, voltamos a falar do SoLoMo (Social, Location-Based and Mobile), conceito que ajuda a identificar onde está o cliente por meio dos dispositivos móveis, o que ele deseja, o que lhe oferecer e, assim, cativá-lo, atraí-lo. O SoLoMo tem uma aplicabilidade incrível para quem vende e quem anuncia. De ofertas a cupons de desconto e propagandas, o modo de fazer marketing usando SoLoMo é um mundo de grandes possibilidades. Por exemplo, programar uma liquidação relâmpago ou um desconto especial para um dia chuvoso  é possível e quase instantâneo com SoLoMo. Nada de ficar planejando uma campanha por seis meses. Isso acabou.

As aplicações SoLoMo não interagem com qualquer cliente, mas principalmente com a geração Millenium,  que já está ai e surfa do Showrooming (olham na loja e compram online), passando pelo Multi-Channel (compra pela internet e retira na loja, por exemplo) com a maior liberdade. E por que não falar em interagir com Omni-Consumidor? É aquele  cliente que tem muito mais informação e conhecimento e capacidade de comparação para melhor avaliar suas escolhas. Com o mais poderoso dispositivo de busca na palma da mão – Google no celular – , o Omni-Consumidor tem muito poder. Ele está na loja física olhando os preços e consultando a concorrência online e em tempo real.

Pesquisa divulgada no Retail Big Show 2013 atesta que 50% dos entrevistados (consumidores norte-americanos) já fizeram uma compra multi-channel; 78% acredita na recomendação de seus amigos virtuais; e 38% dos usuários de smartphones já fizeram uma compra on-line. E se esses números não forem suficientes para apontar uma tendência clara de mudança de paradigma, outra pesquisa feita pela Deloitte com executivos de empresas de varejo nos EUA comprova que as lojas físicas, que atualmente respondem por 91% das vendas, devem representar 76% em 3-5 anos e 63% após 05 anos.

Tantas são as transformações que, às vezes, os pequenos e médios varejistas nem sabem por onde começar. Então, quero compartilhar com você o que a minha larga vivência na área de TI de um grande varejista me ensinou. Em primeiro lugar, com o chapéu da tecnologia e da responsabilidade pelo funcionamento de todo aparato corporativo, aprendi o seguinte: de que adianta um mundo novo se velhos problemas não foram resolvidos? Você sabe do que estamos falando. São as frentes de caixa sem sistema, problemas de banco de dados, infraestrutura de Telecom, links e rede deixando a desejar. Básico, básico. Desafio que um bom serviço de monitoramento de infraestrutura resolveria.

Subindo um degrau e já caminhando em direção ao negócio, agora com o chapéu do gestor, existem ainda os que não resolveram outro problema igualmente importante: a falta absoluta de algum processo capaz de cadastrar, identificar e conhecer seus clientes. Enfim, de que adianta ser multi-canal se minha loja não conhece o consumidor minimamente, nunca consegue o mix certo de produtos e está sempre com o estoque defasado?

Não é possível entrar em um mundo novo sem antes fazer as lições de casa mais básicas; e não adianta tomar atalhos. Que não dá para ficar fora dessa nova era digital é fato, mas sem uma infraestrutura adequada, como o varejo poderá usufruir o que já está chegando, como Mobile Payment, Mobile Wallet, Omni-Channel, entre outros?


Paulo Francez é CEO da e-Deploy
Redação AdNews



Não existe almoço grátis (muito menos like)


Quando nosso amigo Mark Zuckerberg criou o Facebook em um simples dormitório de Harvard, ele não criou um site para conectar as pessoas. Cá entre nós, ele criou uma mídia. Uma potente mídia que hoje atinge mais de 1 bilhão de usuários e onde as marcas, por exemplo, se apropriam desse espaço comunicacional para tentar construir histórias relevantes e com isso seduzir e arrebanhar consumidores. Ou seja, criam uma fanpage, investem em design, desenvolvem um planejamento de conteúdo e, com isso, criam mais um “touch point” de conexão com os seus mais diversos públicos. Mas, de novo, o que Zuckerberg criou ali foi uma mídia a serviço de agências de publicidade e de anunciantes com gordos orçamentos de marketing para atingir suas respectivas metas de vendas, engajamento, reputação, envolvimento, likes ou como queira chamar.

E quando se cria uma mídia, ainda mais no ecossistema digital que habitamos, é preciso que se pense em como ganhar enormes volumes de dinheiro com aquilo. E, no final do ano passado, o Facebook arquitetou uma manobra que gerou críticas por todo o mundo. Ele virou uma chave e, de uma hora para outra, apenas uma pequena fração de usuários passou a enxergar os posts que uma marca publicava em sua fanpage. Há quem diga que míseros 16% de nossos “curtidores” veem o que nossa marca publica. Quer que mais usuários (ou “likers”) visualizem uma publicação de uma promoção, ou foto ou frase do dia? É muito simples? Pague!

Vou usar uma analogia terrível aqui nesse texto, mas é exatamente assim que enxergo essa polêmica manobra do judeu neo-liberal  Zuckerberg. Ele fez o papel de um traficante que tenta viciar seus usuários com um baseadinho grátis e vai viciando e vai oferecendo drogas mais leves de forma gratuita. Depois que o usuário está devidamente viciado, o traficante aparece com drogas mais potentes, mais atraentes, que dão mais barato, e não cobra pouco por isso. E guardada as proporções dessa triste analogia que fiz, foi exatamente assim que muitas marcas se sentiram. Começam a pagar e a investir alto para poder conversar com um número cada vez maior de fãs. 

Nesse sentido, as marcas começaram a se questionar: por que colocar uma grande quantidade de energia para a construção de uma presença online consistente e sedutora no Facebook, se isso não atinge 100% de nossos fãs? E as taxas cobradas pelo Facebook não são baratas. O que nos conforta é que vivemos num capitalismo livre. Isso não é extorsão de dinheiro, é apenas capitalismo. Um capitalismo feroz, mas é assim que a banda toca hoje. Não existe almoço grátis. Eles estão certos e escorados em uma simples lógica de livre mercado. Do ponto de vista de um CEO ou de um diretor de marketing de uma grande empresa, esse é um grande dilema. Investir? Quanto investir? Como mensurar? Dezenas de questionamentos como esses são feitos nas mesas de reuniões nesse exato instante que você lê esse meu despretensioso texto.

O curioso dessa história é que não foram apenas as chamadas "páginas de fãs" que sofreram com essa mudança, pois começamos a perceber que as nossas publicações em páginas de perfis (de usuários individuais do Facebook, gente como a gente) também não estavam sendo vistas por 100% de nossos amigos. Sim, isso mesmo,  eu, como o meu perfil pessoal, posso pagar e também promover meus posts. Basta dar o número de cartão de crédito que os likes se multiplicam. Vemos aqui uma intenção clara do Facebook em induzir que as pessoas se enxerguem como marcas. E ao analisarmos o comportamento online de marcas nessas plataformas, percebemos que algumas delas também se humanizam, se personificam, justamente para ir atrás do tão almejado polegar pra cima de seu consumidor-fã. 

A marca Ponto Frio é um clássico exemplo nesse sentido, que criou um pinguim para tentar humanizar a marca. Com uma certa dose de bom humor, a marca tenta se aproximar cada vez mais com seus usuários. A estratégia é ousada. O problema é que esse tom de comunicação da marca Ponto Frio nas redes sociais destoa completamente dos demais pontos de contato da marca, como, por exemplo, o 0800, a propaganda, a postura de um vendedor da loja etc. Dessa forma, a marca não somente não constrói marca, mas constrói, sim, para o líder de categoria. As marcas tentando se humanizar e as pessoas tentando se transformar em marca. 

Pessoalmente, como um blogueiro (blogdohiller.blogspot.com), eu jogo o jogo e dou dinheiro para o Facebook no sentido de promover os meus textos, cursos, debates sobre branding e demais projetos que promovo.  Vejo como um acordo de reciprocidade nos dois sentidos, porque eu divulgo a minha marca (meu blog) no Facebook e ele reforça a percepção da marca Facebook  por meio de widgets de destaque em meu blog. Mesmo assim, estou quebrando a cabeça e tentando achar outras maneiras de direcionar o tráfego para o meu blog. Enquanto isso, vou utilizando meu Twitter (twitter.com/MarcosHiller) que ainda não virou essa chave (se virou, ainda não percebi) e o Google+, que come pelas beiradas. Com essa forma feroz de ganhar dinheiro, Mark Zuckerberg está matando as presenças online de nossas marcas? É uma boa pergunta.


Por Marcos Hiller, Coordenador do MBA em Marketing, Consumo e Mídia Online da Trevisan Escola de Negócios. Publicado originalmente no Administradores.
Redação AdNews


Cuidado com os mitos de segurança dos aplicativos web


Muitos mitos e mesmo distorções povoam o, digamos, imaginário corporativo sobre a segurança na internet, aumentando a incidência de vulnerabilidades e reduzindo as defesas contra ataques. Isto porque os mitos tendem a minimizar os riscos; dar uma falsa sensação de segurança, seja por meio de alguma nova tecnologia “milagrosa” ou pela ausência de visibilidade dos problemas, levando as empresas a baixar a guarda para ameaças quase eminentes.

Como é bastante óbvio, a internet se tornou o principal ponto de convergência dos sistemas corporativos, integrando transações com parceiros, fornecedores, clientes e investidores em um mesmo canal eletrônico. Segundo o site da Pingdom, os usuários de internet no mundo todo somaram 2,4 bi, em 2012. Por aqui, o número de usuários ativos, segundo a pesquisa da Net Insight, estudo sobre internet do IBOPE Media, era de 50 milhões, em dezembro deste mesmo ano.

Com tantos usuários utilizando sistemas de informação em rede pública, a segurança para aplicativos web se consolidou de vez como um dos principais itens na agenda dos gestores de segurança da informação. Considerando ainda a atual complexidade dos sistemas de TI, incluindo a disseminação da computação distribuída em nuvem, “big data”, composição de serviços distribuídos e a necessidade da implantação da governança corporativa, faz-se cada vez mais necessário eliminar os mitos que contribuem negativamente para o sucesso da proteção dos aplicativos.

Enumeramos os seis mitos mais recorrentes que fragilizam o elo de percepção de segurança e os descrevemos a seguir.

1. O desenvolvedor sempre me proverá sistemas seguros

Qualquer aplicativo web, do mais simples serviço de bate-papo a um complexo pacote de gestão de recursos corporativos, passa necessariamente pelas fases de desenvolvimento e manutenção. Nestas fases, as atividades de criação e alteração de código-fonte priorizam requisitos funcionais e o desempenho do aplicativo. É um mito achar que os desenvolvedores poderiam estar vertendo todo o seu tempo para produzir trechos de código livres de falhas de segurança. Muitas brechas seriam resolvidas se o aplicativo web fosse testado adequadamente durante estas fases ou antes de ser colocado em produção.

2. Apenas especialistas sabem explorar vulnerabilidades da Aplicação Web

Com a ampla oferta de sites que publicam ferramentas abertas para testar vulnerabilidades, qualquer usuário com um computador conectado à Internet pode ser um potencial vetor de ameaças. Os ataques de hoje exigem menos conhecimento técnico e tem parte de sua complexidade ocultada por ferramentas sofisticadas que executam automaticamente passo-a-passo as instruções para explorar uma falha de segurança. Achar que você está protegido pela obscuridade ou falta de conhecimento da vulnerabilidade é um grave erro.

3. Falhas em aplicações internas não são tão importantes

Em um recente estudo conduzido pela Universidade Carnegie-Mellow em conjunto com o Departamento de Segurança Interna dos EUA, pesquisadores detectaram que ataques internos são os mais bem sucedidos no segmento financeiro. Na maioria dos casos estudados, o tempo para a detecção inicial de fraudes internas supera 32 meses. Isso significa que o excesso de confiança no ambiente interno acostuma as pessoas a serem menos conscientes; as aplicações são desenvolvidas de maneira menos seguras, seja pelo uso de controles inadequados ou pela falta de interesse em eliminar vulnerabilidades. Lembre-se, os aplicativos internos são aqueles que armazenam os dados mais preciosos do negócio, estando mais suscetíveis a funcionários descontentes, prestadores de serviço ou até mesmo criminosos infiltrados.

4. O Firewall nos protege de todos os ataques externos

Mesmo tendo alcançado a maturidade comercial desde o final dos anos 90, os firewalls não estão prevenindo o aumento das estatísticas de ataques em todo o mundo. Obviamente alguma coisa está errada nesta estratégia de defesa. As tecnologias de proteção perimetral são essenciais para qualquer estratégia de gestão de segurança, afinal, são a base de sustentação do plano de defesa em camadas. Por outro lado, os ataques estão cada vez mais direcionados às funcionalidades de negócio, disfarçados em transações legítimas que tem por objetivo final explorar uma determinada vulnerabilidade no aplicativo. Trata-se, portanto, de mais um mito amplamente difundido nas corporações.

5. Selos de “percepção” de segurança não blindam o seu site.

Apesar dos selos de segurança terem tido o papel de introduzir a discussão de proteção dos aplicativos web em todas as camadas de negócio da empresa, eles têm sido frequentemente utilizados para substituir um trabalho mais profundo na correção de vulnerabilidades das aplicações. Os selos de “blindagem” contra ataques acabam tendo o mesmo efeito de um aviso de “cão antissocial” na porta da sua casa. O mito deve ser combatido com um trabalho de acompanhamento do ciclo de vida dos aplicativos, incluindo testes de segurança periódicos nas funcionalidades de negócio, de maneira a produzir efeitos satisfatórios de proteção para suas aplicações web.

6. Meu website é seguro porque utiliza SSL e Criptografia de Dados;

Este mito é um dos mais frequentes nas áreas de negócio das empresas. Utilizar criptografia de dados, SSL ou o tal “cadeado de segurança” no navegador só assegura que os dados sejam transmitidos do aplicativo para o navegador web com baixo risco de serem interceptados. O verdadeiro foco de problemas está naquilo que o aplicativo ou usuário faz com os dados após eles terem sido transmitidos e, para se proteger deste risco, o “cadeado” é completamente inócuo. Da mesma forma que o mito anterior, a única maneira eficaz de proteger o seu aplicativo web é antecipar a detecção e correção de vulnerabilidades antes que algum usuário mal intencionado resolva tomar proveito delas.

Conhecer os principais mitos de segurança e entender o impacto de ignorá-los já são ferramentas bastante eficientes para prevenção de ataques nos aplicativos web. Por meio delas, adota-se uma atitude mais proativa e menos reativa, aliando tecnologia e metodologia para proteger estes sistemas. E ter em mente que segurança da informação é um estado transitório, que só pode ser garantido pela continuidade de processos e atividades que visam manter os níveis adequados de proteção, seja para um pequeno negócio ou para uma grande corporação.


Por Thiago Zaninotti, mestre em engenharia da computação pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo, criador da tecnologia patenteada da N-Stalker e CTO da REDE SEGURA TECNOLOGIA.
Redação AdNews


Marketing verde: por que apostar nesta ideia?




O marketing verde tem sido a opção de inúmeras empresas que buscam a sustentabilidade. Esta iniciativa, nada mais é do que pensar no futuro do meio ambiente, mesmo em meio aos planejamentos, estratégias e muitas tecnologias.

Muito se fala na degradação do ambiente pelas indústrias, pelo transporte, mineração e outros fatores, mas o online também tem sua parcela de culpa, principalmente, quando pensamos no fato de que os Data Centers consomem uma quantidade muito grande de energia. Como colaborar com o meio ambiente, então?

Pense em projetar uma imagem socialmente responsável de sua empresa, mas ao mesmo tempo seja o que quer transmitir e mantenha a honestidade. Tente implementar ações de marketing sustentáveis no transporte, trabalhando bem a logística, nas embalagens e também nos produtos oferecidos. Aplique ações sustentáveis também em seu ambiente de trabalho e suas ações pessoais e engaje seus clientes a fazer o mesmo, oferecendo, ainda, o envolvimento deles nesta boa ação.

Para colaborar neste grande passo, algumas empresas, inclusive, ajudam oferecendo selos que rotulam seu negócio como sustentável e que buscam neutralizar o impacto no meio ambiente com a plantação de árvores, proporcional ao número de pageviews.

Toda ação sustentável só pode gerar benefícios ao seu negócio e à sua atuação no mercado. Escolha bem os seus parceiros e introduza o pensamento sustentável em sua loja virtual, ele gera credibilidade, retenção de clientes e ainda é bem visto, com razão, pelos seus consumidores.


Por Felipe Martins, publicado originalmente no Administradores.
Redação AdNews


Mobile marketing: nova ferramenta para dialogar com consumidores



Estamos em um momento de crescimento do mercado Mobile no Brasil. O mais recente relatório divulgado pela Anatel mostra que já são mais de 264 milhões de acessos à telefonia móvel – um número crescente e que movimenta o mercado de aparelhos e planos, impulsionando, também, setores que circundam esse negócio, como é o caso da marketing mobile.

Embora seja algo novo por aqui, já podemos falar sobre a aceitação do público brasileiro. Segundo dados do Our Mobile Planet, os estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso e o Distrito Federal já possuem um número de celulares maior que o número de habitantes.

Há estudos, como da eMarketer, que mostram estão sendo investidos no País mais de US$ 41 milhões com publicidade móvel. A prova de que isso funciona está na efetividade das ações e nos resultados, claro.

Mas afinal, o que leva as agências de publicidade e de marketing a investirem em campanhas de Mobile Marketing? Razões não faltam para apostar nessa modalidade de comunicação empresarial, ainda em busca de crescimento do serviço no País.

A segmentação no mundo mobile é uma realidade e potencializa os resultados dos anunciantes. Atualmente é possível impactar o consumidor de acordo com o perfil de consumo nas diversas plataformas móveis, seja desde o consumidor que possui um smartphone que acaba de ser lançado até um “feature phone” – celulares que não são smartphones, porém possui diversas funções.

Utilizando a inteligência mobile sabemos quem são os consumidores, o que acessam e onde estão. Desta forma, conseguimos impactá-los de maneira assertiva, apresentando bons resultados às agências de publicidade/marketing. A hipersegmentação pode ser aplicada em diferentes meios, do SMS ao uso de aplicativos.

Outros fatores importantes são a agilidade e a instantaneidade. As campanhas mobile off deck – anúncios em portais que aparecem apenas quando acessados de aparelhos moveis e que normalmente direcionaram o usuário para um site otimizado para o celular – seguem a agilidade das ações on line e em poucas horas o anunciante estará no ar, “conversando” diretamente com milhares de pessoas. É possível programar campanhas de advertising “Display Mobile” em portais e adnetworks de forma rápida e eficiente. Já as campanhas que necessitam de aprovação das operadoras, como por exemplo uma ação de SMS Marketing, demanda em média dois dias úteis para liberação.

Quando falamos de personalização, é importante mencionar que ações de mobile marketing não são mensagens publicitárias, são diálogos. O sucesso de cada campanha de mobile marketing depende da forma pessoal e individual como são tratados os públicos-alvos. Sem esquecer que os celulares são itens pessoais, sendo assim não podemos ser invasivos. A personalização é fundamental para se ter bons resultados.

E  como mensurar resultados? Um dos maiores problemas que empresas e agências encontram ao investirem em uma nova mídia – como o mobile marketing – é de conseguir medir a efetividade das campanhas. Em mobile marketing isso já é possível, principalmente se comparado a outras mídias de marketing direto. Vamos usar como exemplo o envio de SMS.

Hoje, existem ferramentas específicas que ajudam a mensurar os resultados e entregar relatórios valiosos para os clientes e anunciantes, recebendo feedbacks sobre: quando houve o acesso, onde foi realizado, em que modelo de aparelho, quantas vezes o consumidor visualizou o conteúdo, além de outras importantes informações que ajudam na análise e mensuração das campanhas.

 Mobile não é caro: quanto custa para o anunciante atingir o publico certo na hora certa e ainda ter 97% de taxa de visualização? Quanto custa para desenvolver um aplicativo? Pois bem, esse tipo custo pode ser muito mais barato do que se imagina. Comparado-se às tradicionais mídias de marketing direto, o mobile marketing chega a custar 1/3 do valor investido, e tem taxas de retorno que podem atingir três vezes mais do que outras mídias. O desenvolvimento de aplicativos podem variar de preço, dependendo da complexidade, porém podemos fazer um cálculo inverso. Quan to custa para a sua empresa estar presente no dia-a-dia dos clientes / consumidores e poder se relacionar o momento que desejar? Basta fazer essa análise e irá verificar que o custo para o desenvolvimento de um aplicativo não é tão caro como se pensava.


Artigo encaminhado por Gustavo Luveira, sócio e diretor de Marketing da Kanamobi e professor da São Paulo Digital School. 
Redação AdNews


Margens x Custos: Por que as lojas virtuais estão perdendo lucratividade?


Para obter sucesso, uma empresa precisa gerar lucro. Portanto, aumentar as receitas, reduzir os custos e as despesas devem ser um objetivo constante. O comércio eletrônico cresce a passos largos no Brasil e no mundo. Com isso, acaba se tornando o centro das atenções para muitos empreendedores e aventureiros que imaginam uma possibilidade de fazer dinheiro fácil. O cenário atual é de redução de margens, por conta de alguns fatores. 

Fazer dinheiro nunca é fácil, porque depende de muito trabalho e dedicação. Mas antes disso, de muito planejamento também. A palavra “planejamento” poucos gostam. Executar motiva muito mais. Esse pecado faz com que o plano não seja feito como deveria. Não vai adiantar contratar os melhores fornecedores do mercado porque a empresa não vai obter o sucesso desejado. Montar um bom plano de negócios, alinhado ao planejamento estratégico e à visão da empresa, é tão importante quanto executar esse plano de forma assertiva e competente. 

Outro erro muito comum é achar que o preço de venda do produto pode ser determinado pela própria empresa. Não, o preço de venda não é definido por quem vende, mas pelo mercado. Portanto, é importante avaliar qual é o preço de venda que o mercado está disposto a pagar para fazer a conta reversa e encontrar sua MC - Margem de Contribuição = Preço de Venda – (CMV + despesas variáveis). A Margem de Contribuição será usada para pagar os custos fixos da operação e é através dela que você encontrará o seu ponto de equilíbrio, que representa o faturamento mínimo que você poderá ter no mês para sua conta fechar no zero a zero, sem lucro ou prejuízo. 

Evoluindo a questão do preço de venda, como o mercado está cada vez mais competitivo no e-commerce com a entrada de novos concorrentes, a guerra de preços está ficando maior e as empresas estão tendo que diminuir suas margens para continuarem competitivas. Aqui surge mais um problema, pois as empresas compram com preços diferentes do mesmo fabricante ou distribuidor, em função do seu porte, poder de barganha e capacidade de pagamento. Normalmente, quem compra mais consegue um preço melhor e isso gera um círculo virtuoso para quem está vendendo mais e um círculo vicioso para quem vende menos. 

Outro grande vilão é o frete grátis. Mesmo existindo um movimento para acabar com essa prática, ainda há muita concorrência e o frete grátis é usado para atrair clientes. Enquanto não houver uma conscientização geral e um “acordo de cavalheiros” entre as empresas, a famosa “conta frete” das lojas estará sempre no negativo, comendo parte da margem da venda. 

Entretanto, o maior dos vilões é marketing através do CPC (custo por clique), que varia em um modelo de leilão. Quanto mais pessoas quiserem comprar o anúncio e/ou melhorar seu posicionamento, mais alto ficará o investimento em marketing. O CPC só tende a subir cada vez mais devido ao aumento da concorrência e aos altos investimentos em marketing. E, isso, impactará diretamente na redução do ROI (Retorno Sobre o Investimento) e, consequentemente, no aumento do percentual de investimento em marketing. 

Por último, além do investimento desordenado em marketing que prejudica toda a cadeia, e devido à redução das margens dia após dia, os empresários acabam buscando outras opções para aumentar as vendas. Com isso, novas empresas surgem aproveitando essas oportunidades, oferecendo serviços diferenciados que deveriam resolver o problema. No entanto, a maioria acaba dentro da cadeia de fornecedores, que reduz ainda mais as margens. 

Avaliando esse cenário, eu me pergunto: será que são os fornecedores que estão cada vez mais caros querendo aproveitar do crescimento do e-commerce? Ou será que são as empresas que estão brigando entre si e prejudicando umas às outras? É justo negociar o melhor possível da cadeia de suprimentos, mas não podemos deixar de lado um bom planejamento, a busca da autorregulamentação do setor, o investimento ordenado em marketing e a contratação de novos fornecedores de forma estruturada. 


Por Alexandre Soncini, Diretor de Vendas e Marketing da VTEX e especialista na área de e-commerce
Redação AdNews


A revolução da mobilidade é real. E a segurança?


A comunicação é um processo evolutivo da própria humanidade. Vivemos um nível de interação sem precedentes, mas que requer atenção redobrada. Segundo pesquisa da Forrester Research, devem ser vendidos até 2016, 760 milhões de tablets em todo o mundo, com uma tendência de desaceleração da aquisição de computadores tradicionais. E provavelmente, com o avanço da inovação, tais números serão facilmente superados.

A mobilidade trouxe não apenas a condição para o usuário ter a informação onde estiver, mas de torná-la produtiva, gerando valor a todo o momento, seja no uso de uma rede social para aproximar pessoas, seja no processo criativo de um determinado trabalho, nas reuniões virtuais, na oferta de produtos ou serviços, na geolocalização direcionando nossos rumos e em tantas outras oportunidades que vão complementando o movimento histórico natural da sociedade, tendo efeito direto nos aspectos políticos, econômicos e sociais.

O comportamento de consumo mudou e sua relação com o que é público e privado também. O avanço em direção ao trabalho remoto - linha tênue onde esta a informação corporativa e a pessoal - a liberdade quase incondicional ao direito de uso das redes sociais dentro das organizações, e a proteção jurídica para os dois lados da mesma moeda gera um desafio contínuo.

Se a mobilidade é real, como anda a segurança? Conforme pesquisa da F-Secure, as ameaças em dispositivos móveis representavam em 2010, 11%; em 2011, 66%; e 2012 fechou com 79%. Indicadores que demonstram de forma preocupante o aumento direcionado de ataques, nos quais o alvo continua sendo a tentativa de obter, para uso indevido, "informações privadas", seja de usuários ou de empresas. 

Um dispositivo móvel está sujeito a diversos riscos, tais como falhas de segurança em sistemas operacionais, nas aplicações desenvolvidas sem requisitos mínimos de segurança, durante a transmissão de dados críticos não criptografados, no uso de rede pública, no dispositivo sem senha de acesso, senhas frágeis, nos dados armazenados, no uso de software não homologado, na contaminação por Vírus, Worms, Cavalo de Tróia e tantas outras potenciais vulnerabilidades.

E tudo isso pode acontecer seja quando estiver usando o serviço de mensagem, navegando pela internet, abrindo anexos de e-mails não solicitados, usando o Bluetooth, conectado via Hotsync, com cartões de memória contaminados, ou com rede wireless sem proteção. As possibilidades são inúmeras.

Com o avanço da mobilidade, passa a ser imprescindível o uso de tecnologias avançadas e que propiciem um melhor grau de proteção, alinhadas à flexibilidade e sinergia que este novo cenário requer.

Do uso de tecnologia, naturalmente nascerá a necessidade de organização, a padronização, políticas e processos que orientem as condições de uso, de como alertar em caso de falhas detectadas e quais as penalidades aplicáveis quanto ocorrer o uso indevido. Desta forma, será possível tanto às organizações quanto aos seus colaboradores usufruírem o que de melhor a mobilidade tem a oferecer. 

Por fim, considero que as empresas brasileiras vêm amadurecendo ao longo do tempo, desenvolvendo uma postura positiva em relação à busca pela proteção das informações. É notório que as ações de incentivos ao processo de conscientização gradualmente traz um aumento no nível de cultura de segurança que, uma vez internalizada, não se limita apenas ao ambiente corporativo e se reflete na vida do próprio indivíduo. 


Por Cristiano Pimenta, Diretor de Produtos da Arcon - serviços gerenciados de segurança.
Redação AdNews



A publicidade sob abrigo da discordância


Depois de um bom tempo ausente dos olhos da população de São Paulo, a mídia exterior volta a dar seus primeiros passos com a reintrodução dos abrigos de ônibus, contendo mensagens publicitárias. Os também chamados bus shelters pelos publicitários do setor de mídia vieram com um novo formato arquitetônico que apresenta beleza, harmonia e leveza de formas, e problemas também.

Aparentemente, o primeiro deles é a fragilidade. Todo envidraçado, esse elemento da paisagem urbana tem uma aparência contemporânea, pós-moderna e clean, mas em breve pode ser vítima do vandalismo e da depredação, hábitos muito comuns nas grandes cidades como a capital paulista. Além do que, os vidros espessos devem ser uma tentação para aqueles meliantes, ávidos por matérias-primas caras e que podem compor a arquitetura de outras paisagens domésticas. E tem mais, num choque com veículos há quem tema que o vidro partido possa também ferir os usuários logo abaixo.

Num desses novos pontos de ônibus, já ouvi críticas de transeuntes, quando argumentaram que se trata de um mobiliário urbano incompatível com um país que ainda não é rico para algo assim tão majestoso. Será? Outro popular ali no local falou que os novos abrigos próximos aos estádios de futebol vão ser presa fácil de torcedores fanáticos revoltados com o placar do jogo.

Outro ponto: esse ponto repaginado tem um problema funcional muito interessante. O vidro da cobertura apresenta uma tênue camada protetora com frisos em material translúcido, o que significa que o passageiro é obrigado a tomar mais sol do que gostaria nesses dias de verão sahárico.  Em comparação com a versão anterior há outras considerações. O antigo é bem mais parrudo e mesmo assim as telhas plásticas do anterior eram frequentemente arrancadas, sabe-se lá para quê?

Mais uma perspectiva arquitetônica a comentar é o banco de passageiros. Produzido com um material que parece uma prancha de cimento polido, parece acumular mais sujeira que o modelo anterior de aço. Além disso, a ergonomia do banco do novo abrigo não é confortável e a relação entre o encosto e assento lembra aquela mesma dos ônibus antigos, ou seja, bem desconfortável.  O sujeito fica com o tronco bem ereto e sem um encosto inclinado para apoiar as costas. É fato que a parte trazeira apresenta a graça de treliças assimétricas estilosas (que por sinal ainda não receberam a devida pintura). O desenho pode até remeter àquelas instalações artísticas que são expostas nas bienais, mas sem deixar de puxar na memória a comodidade daqueles bancos comuns de madeira que a gente senta em churrascos ou festas juninas.  A cadeira anterior ainda que não fosse uma poltrona diretor era envolvente e deixava o usuário mais à vontade para ler ou esperar seu “busão”, mesmo sendo metálica, fria e com um grosso cilindro servindo de encosto.

Parece que no modelo anterior de abrigo havia mais preocupação com conforto, não apenas com a aparência e estética, e sempre é bom destacar que os arquitetos costumam proclamar que nem tudo que é belo é necessariamente funcional.

Sobre a publicidade em si, a solução do display luminoso parece adequada porque a imagem é ampla, perpendicular, ou seja, bem melhor posicionada que no abrigo anterior, onde os backdrops ficavam nas costas dos passageiros. Agora as mensagens podem ser vistas facilmente, com a possibilidade de os títulos serem lidos de uns 20 ou 30 metros tanto pelos passageiros de veículos como pelos passageiros de dentro e fora dos ônibus. Entretanto, há quem critique o painel como obstáculo à mobilidade de cadeirantes e pessoas com dificuldades motoras, como o fez um jornalista amigo meu. Outros supõem que o luminoso servirá com um escudo para meliantes atacarem à noite os indefesos esperadores.

Adequados ou não, o novo bus shelter é muito bem-vindo para o mobiliário urbano paulistano porque a mídia exterior quase foi exterminada sob alegação de poluição visual. É importante deixar claro que os excessos da propaganda devem ser intensamente reprimidos, porém não se pode matar o doente para acabar com a doença como alguns estadistas tentaram fazer no passado recente.

A mídia exterior pode ser formosa, simpática, funcional e ainda informar, esclarecer e ajudar o cidadão a decidir melhor, sem falar é claro, que se trata de uma peça arquitetônica para contemplar ou mesmo criticar como muito gente o fez ou o faz com as obras de Niemeyer.

Artigo encaminhado por Paulo Sérgio Pires, publicitário, jornalista e professor de Comunicação
Redação AdNews

Artigo de Nizan Guanaes: Viral pode ser fatal


A criatividade tem um poder inestimável. É a faculdade humana mais parecida com as faculdades divinas.
Deus é criador, e o criativo também. Vendo por esse ângulo, a criação tem limites? Sim. A realidade é o seu limite.

Quantas vezes eu fui dormir sonhando com uma campanha espetacular que horas mais tarde seria dizimada no choque com a realidade das salas corporativas.

Passamos muito tempo enquadrados dentro de pesquisas e parâmetros, que agora são revistos. O que é bom e é perigoso. Se nem todas as revoluções são gloriosas, elas são sempre dolorosas.

Grandes anunciantes já sentem essa dor. Campanhas cada vez mais ousadas, que deliberadamente ferem a sensibilidade comum em busca de visibilidade e viralidade, estão quebrando a cara das marcas e dos produtos que promovem.

Reportagem do "New York Times" listou exemplos dessa perigosa busca de notoriedade num mundo cada vez mais fragmentado, dominado por novas gerações de consumidores muito diferentes dos que os que os precederam na forma como consomem conteúdos e mídias. Eles inclusive se tornaram conteúdos e mídias. O consumidor hoje fala.

É um ambiente conflagrado e perigoso, que um publicitário falando ao "Times" comparou ao Velho Oeste.

Na Europa, um fabricante de carros fez anúncio com um motorista tentando se matar mantendo o carro ligado na garagem fechada. Mas a tentativa fracassa por se tratar de um veículo com emissão zero de poluentes. O tratamento irônico do suicídio teve repercussão muito negativa e o anúncio foi rapidamente suspenso.

Nos Estados Unidos, uma marca de refrigerante convocou um polêmico rapper para criar anúncio no qual garçonete branca combalida tenta identificar seus agressores numa fila de suspeitos formada por afro-americanos e um bode. Foi também subitamente gongado pela reação popular.

São evidências claras de como a transição do antigo regime da comunicação para o novo regime não será fácil. Tenho dúvidas inclusive se haverá tempo para consolidar um novo regime, como o do longo reinado do comercial de TV de 30 segundos, que vigorou por décadas.

É um número tão avassalador de inovações e de conhecimento vindo de todos os lados que, por mais coisas que você esteja fazendo hoje, está quase sempre atrás da curva.

A capacidade aguda de comunicar é o que mais nos distingue e o que nos possibilita criar organizações tão complexas. Uma capacidade que ganhou propulsão atômica com as redes mundiais instantâneas e ubíquas da nossa era.

A capacidade de todos se comunicarem com todos em todos os lugares a todo o momento é o fenômeno mais transformador da humanidade.

Mas toda essa intensidade deve ser tratada com muita sensibilidade. Não podemos simplesmente trocar amor por sexo, valores por performance.

Não é apenas medir quantas vezes sua mensagem é vista, mas como ela é vista e por quem. Não adianta mais dizer "compre!" É preciso dizer "compre porque"... É o fim da marca fantasia e o começo da marca verdade.

Se você quer acompanhar esse mundo mutante, não fique com sua cabeça enfiada dentro do seu negócio. Como o mundo é cheio de vasos comunicantes, a melhor maneira de ver seu negócio e seus produtos é vê-los também pelo lado de fora.

E, se a novidade está por toda parte, é preciso ter em mente que o mundo não está sendo inventado agora. Por trás das coisas novas existem permanências.

Fala-se tanto em comunidade em um mundo de redes, mas o Rotary Club, que é justamente isso, foi fundado no início do século passado. E se as pessoas em rede estão hiperconectadas, persiste muita solidão nessa tecnologia.

Nesse caos criativo e destrutivo, é preciso agir rápido: ouvir, falar, pedir desculpas, ser proativo. Como o mundo está transparente, o consumidor cobra o que você diz que é.

Como dizia aquele filósofo francês: a existência precede a essência.

Não deixa de ser irônico para a propaganda. Na época da comunicação total, a verdade tornou-se a maior arma de persuasão em massa.


Por Nizan Guanaes publicitário baiano, dono do maior grupo publicitário do país, o ABC. Publicado originalmente na Folha de S. Paulo.


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