.:: Por Leonardo Araujo ::.
O ano de 2014 será diferente para o Brasil. Teremos um Carnaval em março, uma Copa do Mundo em junho, além das eleições no segundo semestre. Sem falar no Festival de Criatividade de Cannes, também no meio do ano. Como a publicidade vai reagir a tudo isso?
O Adnews perguntou a profissionais da Naked, Fábrica e Borghi/Lowe quais suas expecativas para o ano da Copa e dividiu as respostas em cinco tópicos.
Confira:
1 - A economia brasileira não vai ajudar
O PIB do terceiro trimestre de 2013 recuou 0,5% em comparação com o segundo. Por esses e outros motivos, 2014 será um período "bem difícil". A previsão é de Luiz Buono, sócio da Fábrica, agência que conquistou contas importantes em 2013, como da Serasa Experian e Catho Empresas.
"Apesar da Copa do Mundo, poucos anunciantes podem usar todos os properties do evento, e a nossa economia não está ajudando. É ano de eleições, e isso gera indefinições", analisa.
Segundo o publicitário, em 2014 a comunicação e o marketing das marcas terão de ser "agressivos", já que os meios para atingir o cliente estarão disseminados em vários canais.
2 - As ondas virão. E passarão
Para Renata Porto, Sócia e Diretora de Negócios da Naked, agência que conquistou clientes como Penalty e Votorantim em 2013, é preciso estar atento às mudanças. "O mercado muda, a conversa social muda, os tópicos esquentam e esfriam e novas manias aparecem”, reflete.
No entanto, a essência do plano de marketing e comunicação deve estar tão clara que, quando a tal onda chegar, ela não será vista “como uma mudança de rota, uma alteração no plano, e sim uma oportunidade para se mover".
3 - Campanhas multitelas
Onde você assistiu aos seus comerciais prediletos em 2013? Para Fernando Nobre, VP de Criação da Borghi/Lowe -- que, aliás, inaugurou suas operações no Rio de Janeiro este ano -- o "atípico" 2014 certamente produzirá impactos na publicidade, tanto em termos de conteúdos, como em termos de mídia.
"Acredito que a TV continuará fortíssima, mas também deve crescer mais ainda o número de cases bem sucedidos que passam por outras telas", prevê.
Nobre aposta no aumento -- em quantidade e qualidade -- de campanhas integradas, com grandes ideias que transitem pelos meios offline e digitais e que também ganhem vida em ativações, RP etc.
4 - Olho nas pesquisas e nos dados
Se as agêncais aprenderam (ou ainda estão aprendendo?) a explorar o Big Data em 2013, devem continuar com a aposta no ano da Copa. Para Buono, 2014 será marcado pela utilização de estratégias de performance. "Vejo as agências investindo em equipes de métricas. Vejo um mergulhar profundo nos dados, nas infos dos consumidores, para cavar oportunidades de negócios e ao mesmo tempo fazer um marketing mais assertivo".
E as pesquisas? Nobre aposta (e torce) para que uma fatia maior de anunciantes ouse mais, acredite mais em seus instintos e nas recomendações que a agência lhes faz. "Que coloquem os resultados de pesquisa mais em perspectiva (são infos valiosas, mas que devem ser inputs para a comunicação e não um sinal vermelho/verde para ideias)", diz.
5 – A publicidade vai precisar ir ao consumidor
Em 2013, o mercado brasileiro de smartphones cresceu 110% em comparação ao ano passado. Em 2014, este número deve aumentar ainda mais. A publicidade precisa apostar na mobilidade.
“Atenção redobrada a tudo que for mobile - ninguém fez isso direito ainda - à geolocalização e à verticalização das redes sociais. Experiências mais pessoais - ainda que em grupos - e mais pertinentes”, reflete Renata, da Naked.
Redação AdNews