Estimulando a criatividade cotidiana


Sempre digo que a criatividade é uma competência, tal qual saber dançar. Todos nascem com algum potencial, uns mais, outros menos, mas a prática é determinante: quem nunca dançou, ou foi tolhido toda vez que quis dançar, vai ter mais dificuldades do que quem praticou.

Existe também a técnica. Na dança, existem passos e movimentos específicos. Para tornar-se uma pessoa criativa, há vários procedimentos que podem ser aprendidos, que são formas mais produtivas de usar o cérebro.

O ambiente também pesa. É mais difícil dançar sem uma boa música, num espaço exíguo e com pessoas olhando e criticando. Da mesma forma, a atitude das pessoas a nossa volta influenciam a capacidade de criar. Quem quer se tornar mais criativo no ambiente corporativo precisa praticar não só a geração de ideias, mas também a exposição delas: como ousar na dose correta para ser aceito e como fazer para que suas ideias sejam rapidamente compreendidas.

Tenho escutado diversas reclamações relacionadas à criatividade pelas empresas que presto consultoria, e gostaria de expor algumas delas para vocês. Será que você também não tem passado por alguma dessas situações?

Minha dificuldade é no dia a dia...

Ouço muito essa frase, e sou obrigada a discordar. Mais do que permitir-se pensar diferente, force sua mente. Por exemplo, não se apegar à primeira ideia que vier à cabeça. Pelo contrário, procurar ter pelo menos três soluções diferentes para cada situação.  Outro aspecto importante a ser desenvolvido é a capacidade de aceitar as ideias dos outros. O truque aí é desenvolver o espírito do “por que não?”, ou seja, a vontade de aceitar uma ideia nova, nem que eventualmente seja preciso modificá-la um pouco.

Não estudei para ser criativo, mas meu chefe me exige fórmulas inovadoras o tempo todo...

A criatividade não é domínio exclusivo das pessoas que geram novos produtos ou estratégias de marketing. É preciso ser criativo para lidar com mudanças, reduzir custos, gerar melhorias, solucionar problemas, lidar com pessoas e situações difíceis. No fundo, ninguém pode se dar ao luxo de não ser criativo. E quem mostrar que pode contribuir com a empresa por meio das formas que eu acabei de mencionar, estará impulsionando a própria carreira.

Costumo ser um dos melhores de minha equipe nas reuniões de brainstorming, mas em momentos tensos, minha criatividade desaparece...

Existe sim esse tipo de profissional, mas existem outros tantos que utilizam a pressão como estímulo à criatividade. Se não fosse assim, não haveria tantas ideias durante as guerras, por exemplo. Mas para as pessoas cuja criatividade “empaca”, sugiro o seguinte:

1. Afastar-se do projeto, nem que seja um breve minuto para um cafezinho ou um banho.  Durante ou logo depois do afastamento, escrever tudo o que vem à mente a respeito do projeto, sem se preocupar com a ordem, com o que é mais importante. Sobretudo, não censurar as ideias, por mais bobas ou absurdas que pareçam. Finalmente, selecionar e ordenar as ideias, deixando fluir as demais.

2. Imaginar a situação ou projeto de maneira metafórica. Por exemplo, se alguém precisa criar uma estratégia motivacional para sua equipe de colaboradores, pode imaginar que está lidando com um jardim com diferentes tipos de plantas, algumas com  espinhos, outras muito frágeis, etc. A pessoa pode começar a imaginar formas de trazer o sol para as plantas,regá-las, etc.

3. Outra técnica é a de recorrer a personagens. Basta imaginar quais ideias alguém famoso daria para o seu projeto. Por exemplo, o que o Pelé, o Bill Gates ou a Gisele Bundchen fariam?

Essas alternativas podem parecer estranhas no começo, mas funcionam. De qualquer maneira, o mais importante é não se desesperar e nem criticar as ideias ou a metodologia.

Para finalizar, quero deixar claro que, para estimular a criatividade no cotidiano, proponho a saída da rotina, seja visitando lugares diferentes, conversando com pessoas com vidas e pontos de vista diferentes dos nossos ou fazendo coisas novas. Estabeleça metas, como a das três soluções para cada problema. Analise uma ideia por semana, adote pelo menos uma por mês, nem que a ideia tenha que ser adaptada.

Dizem que ser criativo no dia a dia é difícil. Concordo. Mas nada que uma pitada de prática associada à determinação não resolvam.

Artigo encaminhado por Gisela Kassoy, especialista em criatividade, inovação, adoção de mudanças e programas deideias. Atua com consultoria, seminários, palestras e facilitação de grupos de ideias. Realizou trabalhos em quase todo o país e nos EUA, Europa e América Latina.
Redação AdNews


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