O perfil dos usuários nas redes sociais


Apesar da inegável importância das mídias sociais, pequenas e médias empresas ainda tem atuado timidamente nesses locais. A justificativa mais comum é o desconhecimento de como agir e atingir o público-alvo. A produção de conteúdo relevante aliada a imagens convidativas e bem elaboradas são, sem dúvida, 50% do trabalho bem feito. Entretanto, duas outras forças são igualmente poderosas: o SAC eficiente dentro das redes e, é claro, conhecer quem está do outro lado da telinha ou do smartphone.

Para conhecer esses usuários e ajudar as empresas a elaborarem estratégias de comunicação, o IBOPE realizou em março de 2013, uma pesquisa que apontou que "considerando-se o acesso em casa e no trabalho, 53% dos usuários de redes sociais são homens e 47%, mulheres". Ou seja, estamos bem equilibrados neste quesito.

A grande surpresa fica por conta da faixa etária, já que imaginava-se que o público mais jovem fosse maioria na rede. Para surpresa, os internautas mais ativos são os adultos entre 25 a 34 anos e os de 35 a 49 anos, representando 26% dos usuários. A “pré” terceira idade também surpreendeu. As pessoas de 50 a 64 anos são responsáveis por 13% do acesso às redes sociais, imediatamente seguido dos jovens entre 18 a 24 anos (12%) e dos adolescentes entre 12 a 17 anos (11%).

Outro quesito importante é o grau de escolaridade dos usuários: 35% possuem o ensino fundamental (23% completo e 12% incompleto) e 19% têm menos que o ensino fundamental. O percentual de usuários com ensino superior é de 17% (12% completo e 5% incompleto).

Abordei alguns pontos da pesquisa para mostrar que, além de eclético, parte do público das mídias sociais ainda é desconhecido. Informações sobre poder aquisitivo, região e perfil profissional não são mencionadas nos perfis em escala suficiente para a medição. Portanto, ainda há um bom caminho a ser percorrido nessa seara.

Uma dica para pequenas e médias empresas que querem investir no Facebook, por exemplo, é ficarem atentas aos relatórios de perfis que a rede de Zuckerberg oferece. Além da faixa etária e sexo, o relatório determina a região (país e cidade) em que os fãs residem, bem como identifica o alcance dos posts e quais foram mais compartilhados e comentados. Algumas ferramentas extra mídias sociais e com baixo custo também oferecem relatórios ricos em informações, facilitando o caminho de empresas com verbas modestas e tornando o foco mais objetivo.

Vale reforçar também o poder do público nas redes, que por sua vez, tem alavancado marcas ou determinado mudanças na maneira de interagir com o consumidor. Poder esse que empresas como Bradesco tem dedicado reforço redobrado ao atendimento nas mídias sociais, sendo esse muito mais eficaz e ágil do que o atendimento telefônico da empresa.

Esta atenção dedicada pode ser desenvolvida com igual eficiência por empresas pequenas, desde que a empresa perceba sua incontestável importância. A transformação da comunicação atingiu uma velocidade jamais vista antes na história. Para acompanhar, só mesmo acelerando para não ficar para trás, seja a marca pequena, média ou grande.


Acácia Lima é jornalista e diretora da YellowA, agência especializada em mídias sociais.
Redação AdNews


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